O QUE É ESTE "RETIRO"?

arte: nicolas monastério (ex-retirante)

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Palhaço nosso que estás na terra
Santificado seja teu nariz encarnado
Venha a nós o vosso riso
Seja feita a tua vontade
Assim na rua como no palco
O riso nosso de cada dia nos dai hoje e sempre
Perdoai as nossas travessuras
Assim como nós perdoamos a falta de sorrisos
Não nos deixe cair em melancolia
E livrai-nos do mal humor
Amém
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COMEMORAÇÃO DE 10 ANOS DO PROJETO

PRÓXIMA EDIÇÃO?

MÓDULO 1

NOVEMBRO: de 20 a 23
em local paradisíaco, em PARATY (RJ)

Investimento:
R$720,00 (à vista) ou 3 X R$270,00.

DESCONTO PARA
GRUPOS PRÉ-FORMADOS (Módulo 1)!


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RETIRO DE PALHAÇO:
"Pra Quem Tem uma Imagem a Zerar!" (desde 2004)

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MANIFESTE SEU INTERESSE
email: teatrorocokoz@gmail.com

TEATRO DE ROCOKÓZ: 16 Anos de Estrada!!!
www.rocokoz15anos.blogspot.com

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NESTE BLOG:
- O link sobre "NOSSO ESPETÁCULO"
- Informações sobre "RETIRO DE PALHAÇO"
- Informações sobre "OFICINA DE PALHAÇO"
- Informações sobre "PALESTRA"
- Depoimentos de ex-retirantes
- Linkoteca de videos e textos sobre Humor

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O TEATRO DE ROCOKÓZ

Desde 1998, o Teatro de Rocokóz vem pesquisando uma pedagogia própria para o treinamento clownesco e desenvolvendo um repertório de espetáculos e intervenções itinerantes, das quais, entre outras iniciativas, resultaram a Risoterapia (1998-2006) e o Retiro de Palhaço, bem como o espetáculo "Um Show de Variedades Palhacísticas" (desde 2000) circula por todo o país apresentando a Família Biaggioli em sua carroça de saltimbancos.

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A "OFICINA" DE PALHAÇO

Diferentemente do formato realizado nos retiros, a "Oficina" acontece em sistema aberto (convencional) propiciando ao participante uma investigação introdutória do potencial de comicidade inerente em sua própria originalidade.
O objetivo é contribuir, com jogos de improvisação e dinâmicas de sensibilização, a descoberta da "lógica própria" de cada qual, sua visão de mundo, seu jeito pessoal (e intransferível) de se relacionar com as coisas da vida.
Assim sendo, se possível, buscar-se propiciar que ele até consiga sistematizar formas de se valer cenicamente disto, por meio do Nariz Vermelho, cuja função, nesta oportunidade, é a de ampliar estas descobertas, seja no nível individual, seja no grupal.
A ferramenta principal é a exposição criativa por meio do jogo do Palhaço, onde a disponibilidade, a verdade, a espontaneidade, a positividade acima de tudo tornam-se fundamentais para a busca do Palhaço-Único de cada um.
Público-alvo: profissionais e estudantes de artes cênicas em geral, bem como o público em geral (a partir de 16 anos).
Coordenação: Ciléia e Carlos Biaggioli
Realização: Teatro de Rocokóz - São Paulo/SP

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O "RETIRO" DE PALHAÇO

Destinada a pessoas de todas as áreas profissionais (inclusive palhaços e atores), com idade a partir de 16 anos, que queiram experimentar, por meio do Nariz Vermelho, um maior estreitamento com sua potencialidade de gerar momentos agradáveis, risíveis e de relação mais franca com seu entorno, esta oficina intensiva, com dinâmicas referentes à técnica clownesca, é realizada em dois módulos:
Módulo 1 - constituído de dinâmicas voltadas à descoberta da comicidade inerente na própria originalidade de cada participante; e
Módulo 2 - Exclusivo para quem já passou pelo primeiro, com vistas a um aprofundamento maior no material já levantado.

Hospedados em um belíssimo sítio em meio à Mata Atlântica, a proposta é que os retirantes "mergulhem" no universo do Palhaço, vivenciando-o na maior parte do tempo possível, em um ambiente de intensa convivência, voltada a propiciar descobertas nas relações que vão surgindo no decorrer das dinâmicas, às quais assomam-se o estudo de uma apostila e uma alimentação especialmente pensada para gerar um "estado de espírito" distinto do da vida cotidiana.

EDIÇÕES JÁ REALIZADAS FORA DE SÃO PAULO/SP

2 em Juazeiro do Norte (CE)
1 em Fortaleza (CE)
1 em Manaus (CE), em parceria com o projeto "Morro do Riso", conveniado com o MinC Ministério da Cultura

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COMO CHEGAR AO RETIRO?

Como chegar no Sítio?
Geralmente é criado um sistema de caronas, mas, caso você precise vir sozinho(a), anote aí, é super-simples:

De carro...
Um "retão" só: 23 de Maio, Rubem Berta, W. Luis, Interlagos, Teotônio Vilela até o fim, chegou ao centrinho de Parelheiros. Atento(a) às placas MARSILAC, continue reto, mantendo à esquerda na bifurcação adiante. Vc subirá algumas curvas. Quando chegar lá em cima, do seu lado esquerdo aparecerá um vale muito bonito... Fique atento(a)! Haverá um ponto de ônibus à sua direita, azul. VOCÊ CHEGOU! Rua Bragas, 250 (primeiro portão à direita).

De condução...
METRO-CPTM - O objetivo está na linha da CPTM que segue pela Marginal até o Terminal Grajaú, onde vc pega um ônibus até o Terminal Varginha, de onde sai o ônibus Marsilac, que o deixa no "ponto azul" da Rua Braga. A Linha Amarela do Metrô faz conexão com ela na Estação Pinheiros.
ÔNIBUS - Tanto no Terminal Bandeira como no Terminal Jabaquara, embarque no TERMINAL VARGINHA e, chegando lá, pegue o ônibus MARSILAC. Desça no já citado "ponto azul", na esquina com a Rua Bragas, 250.

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PALESTRA INTERATIVA SOBRE HUMOR


NOSSA PALESTRA INTERATIVA
"Ser Ridículo ou não Ser? Eis a Questão"
Uma abordagem da Alegria como Expressão da Originalidade de Cada Um de Nós

Duração
60 minutos

Público-alvo
- Meio corporativo
- Instituições de apoio à saúde
- Ambientes de convalescença e isolamento
- Universidades e Escolas
- Iniciativas focadas em "humanização"

Coordenação
Carlos e Ciléia Biaggioli

Nosso objetivo
Evidenciar a potência inerente à Alegria, como "antídoto" para pensamentos, atitudes, ideias, comportamentos e rotinas cristalizadas, não-construtivas

O Conteúdo
A partir da trajetória do grupo Teatro de Rocokóz e seus fundadores, pincela-se a função histórica do riso como transmutador de conceitos e rotinas que já não encontram eco na contemporaneidade.
Neste sentido, a questão principal abordada é a importância de o cidadão resgatar o contato com sua própria originalidade, até como ferramenta para melhor compreender o contexto de tempo-espaço em que se encontra inserido.
Transformar de dentro para fora, valendo-se, para isso, do exercício do seu bom-humor, do seu olhar aguçado na comicidade da vida cotidiana, com o intuito de questioná-la para revolvê-la, revigorá-la, torná-la sempre nova de novo!
Para tanto, esta palestra divide-se essencialmente em três etapas:
1) Um panorama da função social do riso, do humor e da alegria através da história da humanidade;
2) Uma intervenção-surpresa de uma dupla de cômicos (palhaços) gerando HUMOR através da relação bilateral, viva entre a dupla e os participantes do encontro; e
3) Fórum - espaço aberto para troca de ideias, impressões e comentários - debate.

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PARA NOS LEVAR À SUA CIDADE

EM SUA CIDADE

EM SUA CIDADE
Envie-nos um email com sua proposta e alinharemos nossas expectativas!

SIGA-NOS OS BONS!!!!

TIPOS DE CLOWNS

I. Definições breves

Branco: Também chamado Carabranca, Pierrot, Enfarinhado e Esperto ou Sério, no Brasil, Escada. Nascido na Inglaterra em meados do século XVIII (Giuseppe y Joe Grimaldi), costumava aparecer maquiado de branco e enfunado num elegante vestido brilhante. De aparência fria e lunar, representa a lei, a ordem, o mundo adulto, a repressão — características que não fazem senão realizar o protagonismo do Augusto. Grandes clowns brancos: Footit, Antonet (foto), François Fratellini, Pipo Sosman, René Revel, Alberto Vitali. Etimologia:do latim colonus, destripa-terrones, passando pelo inglês clod e clown.

Augusto: também chamado Tonto, no Brasil, Toni ou Tony. É extravagante, absurdo, pícaro, mentiroso, surpreendente, provocador. Representa a liberdade e a anarquia, o mundo infantil. Vestido de qualquer maneira, tem um característico nariz vermelho postiço e grandes sapatos. O augusto se diversifica em múltiplas categorias, algumas das quais se indicam a seguir. Diversas lendas coincidem a fazer nascer o personagem no Circo Renz de Berlim (1865), encarnado por um tal August, um moço de jeito enfadonho e beberrão — de onde vem o nariz vermelho. Grandes augustos: Chocolat (foto), Beby, Albert Fartellini, Porto, Rhum, Bario, Achille Zavatta, Charlie Rivel, Pio Nock, Carlo Colombaioni.

Segundo Augusto: também chamado Contraugusto e Trombo. Terceiro elemento de um trio de palhaços, que amplia as gags do primeiro Augusto. Muitas vezes é musical.
Excêntrico: evolução do personagem do Augusto, contraposto a este pela dignidade de sua sabedoria e pela inteligência que demonstra ao enfrentar as dificuldades que muitas vezes resolve com uma genialidade surpreendente. Apresenta-se sempre só e normalmente não fala. Como oponentes dramáticos substitutivos do clown, usa instrumentos musicais e outros objetos. Excêntricos famosos: Little Tich, Don Saunders, o último Grock (foto), o último Charlie Rivel, Avner, Tortell Poltrona, Howard Buten "Buffo".

Vagabundo (Tramp): tipo de augusto solitário, habitualmente silencioso e com pinceladas de marginalizado social. Os expoentes maiores desta especialidade são Clarlot no cinema e, na arena do circo, Joe Jackson (foto), Otto Griebling e Emmet Kelly.

Palhaço de sarau: especialidade de palhaço (normalmente augusto) que atua nas entradas de barragem. É um descendente evoluído dos primeiros augustos, os quais, antes de formar parcerias com os clowns, se ocupavam de entreter o público para preencher o vazio entre os números de circo (montagem e desmontagem da gávea, instalação e retirada de aparatos, etc). São exemplos destacados: Tom Belling, Pinoccio, Popov (foto), e a dupla Sosman y Gougou.
Mimo-clown: clown mímico, variedade de clown terno, habitualmente mudo. Apresenta-se só e, tendo os objetos como oponentes, demonstra uma grande quantidade de habilidades físicas ou musicais. Neste sentido, suas concepções de dramaturgia são paralelas às do augusto excêntrico. Em geral, o personagem lembra o Pierrot da Comédia Del’arte e é de natureza frágil e delicadamente poético. Expoentes estelares desta especialidade: Dimitri (foto), Pic, Pierino.

Messié Loyal: diretor e apresentador de picadeiro, do qual é autoridade inapelável. É o companheiro mais luxuoso que pode ter uma trupe de palhaços. Loyals destacados através dos tempos: os franceses Sacha Houcke, o domador, Drena y Sergio. Atualmente, na Espanha, destaca-se Popey (filho de José Carrasco Popey) e, na Cataluña, o Dr. Soler. Etimologia: o apelativo vem de uma dinastia circense de inícios do século XIX (Théodore y Léopold Loyal foram os primeiros diretores e chefes de picadeiro da história do circo).
Bufão: Personagem cômica próxima do fanfarrão, do louco, do parvo e do truão, e que se destaca pela indecência e pelo comportamento desregrado. Este comportamento pode ser o exato reflexo da natureza truanesca do bufão ou pode ser pura dissimulação. Partilha com as personagens mais universais do bobo e do louco as deformações físicas que resultam no cômico de caráter. Também pode partilhar com o palhaço e o truão a maquiagem para se apresentar em palco e representar o papel de fanfarrão e bravateador. No teatro de Shakespeare, encontramos alguns bufões que ficaram célebres: Touchstone (As You Like It), Feste (Twelfth Night) e o louco de King Lear. (Texto de Carlos Ceia)
II. Definições ampliadas

Augusto (o palhaço de nariz vermelho)
Personagem: é o mais engraçado de todos os palhaços. Ele/ela é travesso, sociável e generoso nas palhaçadas. Suas ações são importantes, torpes, desajeitadas, deselegantes e inoportunas. Este palhaço não tem muito em comum com o Cara Branca, exceto a maquiagem e a roupa. Sua personalidade é a de um alvoroçador. Quando aparece com o Cara Branca, o Augusto (em alemão significa “tonto”), é o alvo das brincadeiras. Todavia, com o palhaço Tramp, converte-se num incitador com o controle da situação.
Maquiagem: o Augusto tem a maquiagem altamente colorida com uma cor base no tom da pele (rosa, marrom claro, avermelhado) no rosto e no colo. Os olhos e a zona em torno da boca são normalmente cobertos de branco para produzir uma expressão de olhos grandes e para acentuar o desenho da boca. Os desenhos nos olhos e bocas, e ao redor, são geralmente pretos e vermelhos, porém são aceitáveis, com moderação, outras cores de recobrimento. Este palhaço vestirá normalmente um grande nariz cômico, apropriado ao tamanho do rosto. O Augusto sempre usará peruca, porém pode escolher entre uma grande variedade de estilos e cores para acentuar a roupa e o tom de pele.
Vestuário: o Augusto tem a maior variedade de desenhos de roupas para escolher, exceto que não usará o tradicional traje-jersey ou macacão do Cara Branca. O Augusto poderia usar uma jaqueta ou casaco curto, normal ou largo, com ou sem cauda, ou uma seleção de quadrados coloridos, riscos, estampas, assim como cores lisas. Normalmente chamado “o pesadelo do alfaiate”, o traje tem cores e padrões que vão complementar a aparência geral do palhaço, sejam ou não cores combinadas. Os tecidos teatrais ou as lantejoulas não são apropriados nos trajes de Augusto. Este palhaço é normalmente um notório brincalhão (de má fama) e pode necessitar um montão de bolsos para levar truques e brincadeiras. O traje pode ser complementado com acessórios extravagantes, como gravatas grandes ou pequenas, suspensórios e sapatos cômicos de muitos estilos e cores. Dentre muitas possibilidades, chapéus, bonés, cartolas e perucas, de variadas cores mas sempre brilhantes, realçarão o caráter do Augusto, assim como luvas brancas ou coloridas. A roupa da palhaça Augusta não varia muito da que usa a palhaça Cara Branca, quanto ao estilo, porém permanece a tradição da combinação de cores, brilhos, berloques e cintas. Mesmo usando tecidos de algodão, o aspecto será sempre elegante e belo. A palhaça Augusta pode usar cores que não combinam e estar totalmente desconjuntada, porém pode também preferir ser uma palhaça bela. Isto é aceitável. Todavia, o Augusto nunca deve usar lantejoulas e brilhos ou sedas e tecidos teatrais. Estes pertencem exclusivamente às belezas do Cara Branca. A Augusta pode escolher ser incompetente, gaguejante ou ter uma personalidade cômica, mais ou menos como o palhaço Augusto.
Mais sobre o Augusto, de uma outra fonte: o Augusto é o palhaço por excelência; é o brincalhão, agitador. É o mais cômico de todos os palhaços; suas ações são mais selvagens, mais diretas que as dos outros tipos. O Augusto se conduz com mais e melhores brincadeiras, quando aparece com um Cara Branca, ele é o alvo das piadas. Normalmente usa um nariz de bola, porém há muitas exceções. Quase sempre usa peruca — geralmente vermelha, amarela ou laranja. A peruca pode ser completa ou só para a calva (da cor da sua pele) com uma franja dos lados e na nuca. O cabelo pode ser liso ou ondulado. Seu chapéu pode ser muito pequeno, às vezes se assenta sobre a careca. Às vezes usa bonés ou gorros. O Augusto original vestia uma roupa na qual escondia brincadeiras contra outros palhaços que, muitas vezes, se voltavam contra ele. O traje tinha calças folgadas para facilitar cambalhotas e acrobacias, camisa muito grande ou muito pequena. Cada peça de roupa (calça, camisa, casaco, gravata e chapéu) tinha um desenho diferente, isto é, riscos e franjas verticais, horizontais, diagonais, quadrados escoceses, etc. As cores de cada peça eram vivas e se chocavam o máximo possível com as das demais peças. Cada parte do traje estava mal ajustado em tamanho, ou muito largas ou muito pequenas. Nos últimos anos (especialmente em competição) o traje do Augusto se vai tornando mais parecido com o do Cara Branca grotesco. Ainda que vários elementos de sua roupa possam ainda não ser sob medida, seus trajes estão mais ajustados e coordenados, às vezes muito elaborados. Contudo parece mais uma peça de espetáculo que um palhaço tonto.
Clowns de Cara Branca
Há três tipos de clowns de cara branca, o Clássico Europeu, o Engomado e o Grotesco. Os clowns Cara Branca são os que estão no comando e representam o poder ou a autoridade.
Carabranca (Clássico) Europeu: muitas vezes chamado de Pierrot. Um clown elegante, artístico, colorido, inteligente e alegre. Sua atuação é supremamente artística e com muitas habilidades, porém com um estilo cômico dramático.
Maquiagem: toda a pele que vemos está coberta de maquiagem branca. Mínimos perfis de cor ou de purpurina são utilizados para exagerar as características dos olhos, nariz e boca. Pode usar um gorro grudado à cabeça em vez de uma peruca colorida. O Carabranca Europeu geralmente não leva nariz cômico, nem pestanas falsas nem orelhas grandes.
Vestuário: considerado o palhaço mais belo de todos os clowns, veste-se com o tradicional macacão ou conjunto de duas peças integradas, branco ou de um tecido de cor que encaixa com o clássico personagem do Pierrot. Os estilos podem variar, porém, em geral, são folgados e feitos sob medida e podem ter um colarinho destacável. A túnica ou camisa é curta, média ou longa e com mangas largas e compridas, retas e bem acabadas. Os botões ou pompons e a gola frisada têm contraste de cores. Calças retas ou não. O chapéu do palhaço deve combinar com seu personagem, pode ser cônico (comprido ou curto), plano ou achatado, ou o típico chapéu de "Pagliacci". As luvas são brancas ou contrastantes e lhe cobrem as mãos e os punhos. Os sapatos são de ballet ou baile, brilhantes e de bico fino.
Carabranca "Engomado": é o aristocrata dos clowns. Assim como o Europeu, é um clown elegante, artístico, colorido, inteligente e alegre. Quando atua com outros palhaços ele é o chefe. Atua muito artística e habilidosamente, com estilo cômico e dramático. Quando atua com o Augusto ou com o Vagabundo, é ele quem manda, organizando as rotinas, dando mais do que recebendo tortaços, pontapés e pratos de nata na cara. É mais engraçado que o Carabranca Europeu, porém mais reservado que o Augusto.
Maquiagem: toda a pele que vemos está coberta de maquiagem branca. Mínimos perfis de cor ou de purpurina são utilizados para exagerar as características dos olhos, nariz e boca. Usa diferentes estilos e cores de perucas.
Vestuário: o traje é feito sob medida. Usa tecidos teatrais (brilhantes, com pérolas, etc), acetinados com lantejoulas e falsos brilhantes. O traje mais comum do Cara Branca Engomado é o macacão de jersey com ombreiras. Todavia, uma roupa de duas peças ou estilo smoking é aceitável também. O traje, acessórios incluídos, deve ser de cores que combinem. Os sapatos podem ser grandes ou pequenos, porem simples. Cartola e luvas.
(Comedia) Cara Branca Grotesco: se o Cara Branca Engomado é o palhaço mais tradicional, o Cara Branca Grotesco, também conhecido como o Cara Branca Cômico, é hoje em dia o palhaço Cara Branca mais comum. Ele é um pouco menos artístico e um pouco mais parecido em espírito com o Augusto. Quando atua junto ao Augusto ou ao Vagabundo este palhaço manter-se-á no poder, estabelecendo a rotina, lançando a torta em vez de receber, esbofeteando ou dando pontapés. Ainda que mais engraçado que o Engomado, este personagem é um pouco mais reservado que o travesso e fraterno Augusto.
Maquiagem: assim como no Engomado, toda a pele visível do rosto, colo e orelhas estão cobertos de maquiagem branca. O colorido e o desenho das feições do rosto é que o diferenciam do desenho clássico. Enquanto o desenho do Engomado se mantém propositalmente simples, o desenho do rosto do Grotesco pode incluir longas pestanas falsas, uma boca mais rasgada, nariz de palhaço e outros elementos. O nariz\ pode ser muito grande ou muito pequeno. Alguns destes elementos podem ser pretos, também são comuns os brilhos e resplendores. Usa-se peruca de estilos e cores variadas em lugar da cartola. A cor da peruca pode combinar com algum detalhe da roupa.
Vestuário: pode-se usar o traje tradicional, mas o Cara Branca Grotesco também pode usar calças e camisas brilhantes, metálicas, trajes e sapatos cômicos. As roupas são mais luxuosas e melhor combinadas que as do Augusto. Seu estômago pode sobressair. Luvas brancas ou coloridas. A palhaça cara Branca Grotesca é semelhante à Augusta; persiste a tradição quanto à coordenação de cores, o aspecto geral será elegante e belo.
Tramp/Vagabundo/Sem-teto
Personagem: há algumas variações neste tipo. O clássico vagabundo representado por Emmet Kelly e Otto Griebling no circo da fama é o triste, oprimido e abandonado personagem que não tem nada e sabe que nunca terá nada. Por natureza, será um solitário, o que se reflete em sua determinação em estar em silêncio, sem falar com ninguém, exceto com seus semelhantes. Suas formas de expressar-se e seus movimentos pesados, arrastando os pés, refletem sua vida dura. O vagabundo, elegante ou feliz homem de negócios, colegial ou playboy que, farto de sua vida, sai da sociedade pela paixão de viajar. Ele é o rei da estrada, feliz com o que tem e não espera mais. Seu caráter pode tomar algumas das características do Augusto. Este tipo foi descrito por Red Skelton em seu personagem “Freddie the Freeloader”. Considerado o único palhaço americano verdadeiro, alguns acreditam que este personagem se desenvolveu na depressão dos anos 30, quando as pessoas viajavam de trem buscando emprego. Outras referências históricas indicam que a maquiagem do vagabundo volta aos espetáculos de variedades e trovadores dos anos 1800 e princípios de 1900. Independente do tipo Tramp/Vagabundo, ele é o alvo das brincadeiras e será quem recebe a torta, a bofetada, o pontapé do Cara Branca ou do Augusto. A “Bag Lady” ou a Velha do Saco, ou a Mulher da Mala, é a versão feminina do Vagabundo.
Maquiagem: a maquiagem representa a fuligem depositada na cara, procedente dos trens a carvão, referência aos criadores do personagem. As áreas da boca e dos olhos se limpam da fuligem para que possam ver e comer. O branco se usa nos olhos e na boca para exagerar este processo de limpeza. O alto do rosto é uma mistura de tons de cores da pele. A linha da barba é negra ou estará sombreada de cinza escuro, para parecer barba e fuligem. Usa-se um nariz vermelho. Um pequeno sombreado vermelho nas bochechas e na testa pode ajudar a criar o aspecto de queimado de sol. A diferença entre os dois tipos de personagem se mostra comumente mediante a forma das sobrancelhas e da boca, ambas acima ou abaixo para mostrar alegria ou tristeza.
Vestuário: normalmente para o palhaço masculino um traje escuro, terno, fraque ou somente uma camisa e calças feitos para parecerem velhos e usados. Para a Bag Lady, um velho e desgastado vestido ou casacão. estes podem estar abundantemente remendados com trapos e outros materiais, costurados com pontos desiguais ou mal-costurados. Um chapéu escuro e maltratado, sapatos e meias esfarrapados, camisas e gravatas desgastadas exageram o personagem. As luvas são geralmente velhas e furadas. Para manter o estado de desempregado do vagabundo, este personagem não costuma usar relógios, anéis e cinturões, meias ou sapatos novos.
Mais sobre o vagabundo de outra fonte: o personagem Tramp/Hobo ou Vagabundo/Sem-Teto é o único palhaço realmente Norte Americano. Este personagem nasceu dos vagabundos que viajavam nos trens de carga ao longo do país buscando trabalho. Ainda que o Vagabundo e o Sem-Teto sejam considerados em uma única categoria, cada um é único. As principais diferenças entre estas subcategorias residem nas áreas de atitudes e roupas.
1. O Vagabundo acredita que o mundo lhe deve a vida, que sua condição é culpa dos outros. Quer (e espera) que todos sintam pena dele. Faz todo o possível para evitar o trabalho. Este cabeludo vagabundo é o indivíduo para quem nada vai bem. Sua cara e pescoço são escurecidos para que pareçam sujos e barbudos. Acrescenta-se vermelho à linha da barba para que a cara pareça queimada pelo sol e a boca e os olhos são brancos onde o vagabundo teria limpado a fuligem com as mãos. As sobrancelhas devem ser pequenas e com um aspecto preocupado. Pode ter uma gota de glicerina ou material similar para aparentar que tem uma lágrima correndo por sua bochecha. sua expressão é, geralmente, triste ou lacrimosa. Muitas vezes os vagabundos usam seu próprio cabelo revolvido para parecer desgrenhado. Se usar peruca, deve ser negra ou de tons mais pálidos. O Vagabundo anda desarrumado, porém limpo. sua roupa é, geralmente, um traje de duas ou três peças extremamente gastas e esfarrapadas. Os rasgões podem ser deixados abertos, ou mal remendados com farrapos e grandes retalhos. A cor é negra ou escura, pode ser marrom ou cinza. A camisa, se houver, pode ser escura ou discordante, qualquer cor que não seja o branco, muito usada, esburacada, puída, com mangas largas, ou uma camisa de trabalho desgastada. A gravata não deve ser espalhafatosa, deveria ser uma norma que esteja amarfanhada. Pode-se usar uma corda como cinturão ou suspensório.
2. O Sem-Teto quer ser um sem-teto. Ele pode estar triste, porém certamente não tem onde cair morto. Muitas vezes parece ser feliz. Um Hobo normalmente não pedirá uma esmola, preferindo trabalhar por ela. Terá um trabalho, porém não por muito tempo porque quer mudar para outro lugar. Seu rosto se maquia como o do vagabundo, exceto na expressão. Tende a rir e seus olhos são maiores, mais despertos, abertos e felizes que os olhos do Vagabundo. A roupa também é semelhante, mas pode ter cores mais vivas em várias partes. Sua camisa pode ser de uma cor brilhante, como muitos de seus remendos. Sapatos gastos gomo os do Vagabundo. A categoria Tramp/Hobo ou vagabundo/Sem-Teto é a única em que se permite o uso de qualquer tipo de luvas. Todavia, se usar luvas devem parecer sujas, manchadas, furadas. O efeito global da maquiagem, vestimenta e atuação deve complementar o personagem representado. 3. Palhaços famosos do tipo Vagabundo/Sem-Teto são, entre outros: Emmett Kelly (foto), Sr. Red Skelton e Otto Griebling.
Bufão – o bobo da corte
Bufões eram os "funcionários" da monarquia, contratados para fazer reis e rainhas rirem. Podiam criticar o Rei sem correr riscos. O bobo teve origem no império romano-bizantino. No fim das cruzadas tornou-se figura comum nas cortes européias. O desaparecimento ocorreu durante o século XVII. Existem sinônimos: jogral, bufão, truão, curinga, palhaço, pierrot, ou, simplesmente, bobo. Vestiam uniformes espalhafatosos, com muita cor e chapéus bizarros com sinos e guizos amarrados.
O bobo da corte divertia o Rei e a corte. Declamava poesias, dançava, tocava algum instrumento e era o cerimoniário das festas. De maneira geral era inteligente, atrevido e sagaz. Dizia o que o povo gostaria de dizer ao Rei. Com ironia mostrava as duas faces da realidade, revelando as discordâncias íntimas e expondo as ambições do Rei. Muitas vezes se tratava de um deficiente físico (aleijado, corcunda), e em algumas se tratava de um anão.
Houve na História casos de bobos da corte que se envolveram com integrantes da família real. E até um caso que acabou em tragédia, no século XVI na Espanha, quando o bobo da corte foi assassinado depois de se envolver com a princesa. Entre os antigos, para divertimento da classe mais abastada e poderosa, esses indivíduos pitorescos eram tão procurados que foi necessário instituir um mercado especial para esse gênero de negócios, um mercado de bobos. Na hora das refeições, apos as dançarinas, os macacos incríveis e os tocadores de harpa, o "bobo", vindo da Ásia Menor ou da Pérsia, fazia sua entrada ridícula, saudado pelo riso dos convivas.
Na Idade Média, não havia um só castelo em que a silhueta caricatural do bobo não surgisse entre as rendas e os brocados. As cortes reais e as cortes feudais lutavam pela posse do bobo mais feio, mais deformado e emissários eram enviados aos quatro cantos do mundo conhecido em busca desses fenômenos humanos, para distração dos poderosos.
Bobos célebres: "Dom Bibas" da corte do conde Dom Henrique, do final do séc.XI; Mitton e Thévenin de Saint Leger na corte de Carlos V; Triboulet, o mais famoso, das cortes de Luís XII e Francisco I, conhecido como o Bobo do Rei e o Rei dos Bobos.
Na Inglaterra em 1597, Shakespeare criou John Falstaff, o bufão do príncipe Harry, filho do Rei Henry III. Nas cortes espanholas, os bufões eram honrados e muito influentes. O Rei Felipe II andava acompanhado por vários bufões. O pintor Antônio Moro pintou "Pejeron", truão favorito do conde de Benavente. Cristóbal de Pernia era o bobo mais afamado no tempo do rei Felipe IV. Em época aproximada, em torno de 1630, Velásquez pintou com perfeição o "Bufão Calabazas".
Clown de personagem
Um clown de personagem é o que identificamos com uma profissão (bombeiro, marinheiro, médico, vaqueiro, polícia, menino, personagem de um conto, etc...) Segundo os puristas não se deveria considerar clown de personagem a personagens como Charlie Chaplin, Buster Keaton, Laurel e Hardy, etc, ainda que sugundo o autor deste texto o sejam. Também segundo os puristas versões de personagens de desenhos animados, cães, gatos, etc, não deveriam ser considerados clowns. Não existem normas quanto ao vestuário desta categoria.
Fonte: MUNDOCLOWN, extraído do site CLOWNPLANET (http://www.clownplanet.com)
Ilustração e tradução do espanhol: Maestro Cantai.