O QUE É ESTE "RETIRO"?

arte: nicolas monastério (ex-retirante)

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Palhaço nosso que estás na terra
Santificado seja teu nariz encarnado
Venha a nós o vosso riso
Seja feita a tua vontade
Assim na rua como no palco
O riso nosso de cada dia nos dai hoje e sempre
Perdoai as nossas travessuras
Assim como nós perdoamos a falta de sorrisos
Não nos deixe cair em melancolia
E livrai-nos do mal humor
Amém
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COMEMORAÇÃO DE 10 ANOS DO PROJETO

PRÓXIMA EDIÇÃO?

MÓDULO 1

NOVEMBRO: de 20 a 23
em local paradisíaco, em PARATY (RJ)

Investimento:
R$720,00 (à vista) ou 3 X R$270,00.

DESCONTO PARA
GRUPOS PRÉ-FORMADOS (Módulo 1)!


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RETIRO DE PALHAÇO:
"Pra Quem Tem uma Imagem a Zerar!" (desde 2004)

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MANIFESTE SEU INTERESSE
email: teatrorocokoz@gmail.com

TEATRO DE ROCOKÓZ: 16 Anos de Estrada!!!
www.rocokoz15anos.blogspot.com

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NESTE BLOG:
- O link sobre "NOSSO ESPETÁCULO"
- Informações sobre "RETIRO DE PALHAÇO"
- Informações sobre "OFICINA DE PALHAÇO"
- Informações sobre "PALESTRA"
- Depoimentos de ex-retirantes
- Linkoteca de videos e textos sobre Humor

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O TEATRO DE ROCOKÓZ

Desde 1998, o Teatro de Rocokóz vem pesquisando uma pedagogia própria para o treinamento clownesco e desenvolvendo um repertório de espetáculos e intervenções itinerantes, das quais, entre outras iniciativas, resultaram a Risoterapia (1998-2006) e o Retiro de Palhaço, bem como o espetáculo "Um Show de Variedades Palhacísticas" (desde 2000) circula por todo o país apresentando a Família Biaggioli em sua carroça de saltimbancos.

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A "OFICINA" DE PALHAÇO

Diferentemente do formato realizado nos retiros, a "Oficina" acontece em sistema aberto (convencional) propiciando ao participante uma investigação introdutória do potencial de comicidade inerente em sua própria originalidade.
O objetivo é contribuir, com jogos de improvisação e dinâmicas de sensibilização, a descoberta da "lógica própria" de cada qual, sua visão de mundo, seu jeito pessoal (e intransferível) de se relacionar com as coisas da vida.
Assim sendo, se possível, buscar-se propiciar que ele até consiga sistematizar formas de se valer cenicamente disto, por meio do Nariz Vermelho, cuja função, nesta oportunidade, é a de ampliar estas descobertas, seja no nível individual, seja no grupal.
A ferramenta principal é a exposição criativa por meio do jogo do Palhaço, onde a disponibilidade, a verdade, a espontaneidade, a positividade acima de tudo tornam-se fundamentais para a busca do Palhaço-Único de cada um.
Público-alvo: profissionais e estudantes de artes cênicas em geral, bem como o público em geral (a partir de 16 anos).
Coordenação: Ciléia e Carlos Biaggioli
Realização: Teatro de Rocokóz - São Paulo/SP

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O "RETIRO" DE PALHAÇO

Destinada a pessoas de todas as áreas profissionais (inclusive palhaços e atores), com idade a partir de 16 anos, que queiram experimentar, por meio do Nariz Vermelho, um maior estreitamento com sua potencialidade de gerar momentos agradáveis, risíveis e de relação mais franca com seu entorno, esta oficina intensiva, com dinâmicas referentes à técnica clownesca, é realizada em dois módulos:
Módulo 1 - constituído de dinâmicas voltadas à descoberta da comicidade inerente na própria originalidade de cada participante; e
Módulo 2 - Exclusivo para quem já passou pelo primeiro, com vistas a um aprofundamento maior no material já levantado.

Hospedados em um belíssimo sítio em meio à Mata Atlântica, a proposta é que os retirantes "mergulhem" no universo do Palhaço, vivenciando-o na maior parte do tempo possível, em um ambiente de intensa convivência, voltada a propiciar descobertas nas relações que vão surgindo no decorrer das dinâmicas, às quais assomam-se o estudo de uma apostila e uma alimentação especialmente pensada para gerar um "estado de espírito" distinto do da vida cotidiana.

EDIÇÕES JÁ REALIZADAS FORA DE SÃO PAULO/SP

2 em Juazeiro do Norte (CE)
1 em Fortaleza (CE)
1 em Manaus (CE), em parceria com o projeto "Morro do Riso", conveniado com o MinC Ministério da Cultura

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COMO CHEGAR AO RETIRO?

Como chegar no Sítio?
Geralmente é criado um sistema de caronas, mas, caso você precise vir sozinho(a), anote aí, é super-simples:

De carro...
Um "retão" só: 23 de Maio, Rubem Berta, W. Luis, Interlagos, Teotônio Vilela até o fim, chegou ao centrinho de Parelheiros. Atento(a) às placas MARSILAC, continue reto, mantendo à esquerda na bifurcação adiante. Vc subirá algumas curvas. Quando chegar lá em cima, do seu lado esquerdo aparecerá um vale muito bonito... Fique atento(a)! Haverá um ponto de ônibus à sua direita, azul. VOCÊ CHEGOU! Rua Bragas, 250 (primeiro portão à direita).

De condução...
METRO-CPTM - O objetivo está na linha da CPTM que segue pela Marginal até o Terminal Grajaú, onde vc pega um ônibus até o Terminal Varginha, de onde sai o ônibus Marsilac, que o deixa no "ponto azul" da Rua Braga. A Linha Amarela do Metrô faz conexão com ela na Estação Pinheiros.
ÔNIBUS - Tanto no Terminal Bandeira como no Terminal Jabaquara, embarque no TERMINAL VARGINHA e, chegando lá, pegue o ônibus MARSILAC. Desça no já citado "ponto azul", na esquina com a Rua Bragas, 250.

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PALESTRA INTERATIVA SOBRE HUMOR


NOSSA PALESTRA INTERATIVA
"Ser Ridículo ou não Ser? Eis a Questão"
Uma abordagem da Alegria como Expressão da Originalidade de Cada Um de Nós

Duração
60 minutos

Público-alvo
- Meio corporativo
- Instituições de apoio à saúde
- Ambientes de convalescença e isolamento
- Universidades e Escolas
- Iniciativas focadas em "humanização"

Coordenação
Carlos e Ciléia Biaggioli

Nosso objetivo
Evidenciar a potência inerente à Alegria, como "antídoto" para pensamentos, atitudes, ideias, comportamentos e rotinas cristalizadas, não-construtivas

O Conteúdo
A partir da trajetória do grupo Teatro de Rocokóz e seus fundadores, pincela-se a função histórica do riso como transmutador de conceitos e rotinas que já não encontram eco na contemporaneidade.
Neste sentido, a questão principal abordada é a importância de o cidadão resgatar o contato com sua própria originalidade, até como ferramenta para melhor compreender o contexto de tempo-espaço em que se encontra inserido.
Transformar de dentro para fora, valendo-se, para isso, do exercício do seu bom-humor, do seu olhar aguçado na comicidade da vida cotidiana, com o intuito de questioná-la para revolvê-la, revigorá-la, torná-la sempre nova de novo!
Para tanto, esta palestra divide-se essencialmente em três etapas:
1) Um panorama da função social do riso, do humor e da alegria através da história da humanidade;
2) Uma intervenção-surpresa de uma dupla de cômicos (palhaços) gerando HUMOR através da relação bilateral, viva entre a dupla e os participantes do encontro; e
3) Fórum - espaço aberto para troca de ideias, impressões e comentários - debate.

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PARA NOS LEVAR À SUA CIDADE

EM SUA CIDADE

EM SUA CIDADE
Envie-nos um email com sua proposta e alinharemos nossas expectativas!

SIGA-NOS OS BONS!!!!

AS BASES DO CLOWN


“Uno no actúa un Clown, uno lo es.”
(Jacques Lecoq)

Observa a ti mesmo... tuas ações, tuas reações, tua maneira de ser, de caminhar, de ver o mundo, de expressar-se. E exagera a ti mesmo.
A busca do clown é a busca do próprio ridículo.Expressar-se sendo tu mesmo, sendo natural, é fantástico. Porém, tens que manter a naturalidade desde um estado de energia alta. Se o fazes com uma energia comum, poderias estar comprando no mercado... Qual é a graça? Não serás diferente, porém maior que a imagem que tens de ti mesmo. Ser clown é surpreender a atenção das pessoas... e roubar-lhes o coração.
Converte tuas debilidades pessoais em FORÇA TEATRAL.Ser clown é a máxima liberdade, a liberdade de arriscar-se...

Não te defendas
Se um clown baixa as calças de outro, este não o impedirá, observará como lhe baixam as calças com ingenuidade, até que se dê conta de que está em evidência diante do público. Logo pode vingar-se, porém não se defende, deixa que as coisas aconteçam.
Encontra prazer em tudo o que fazes.Se tu não desfrutas, ninguém o fará. Não podes comunicar prazer a menos que o sintas. O clown joga alto pois nada tem a perder, e portanto é... LIVRE!!! É este o prazer com o qual o público se conecta. Se estás incômodo, distraído ou aborrecido em cena, o público nota e se afasta de ti.
Observa o público
O público é o espetáculo que diverte e emociona o palhaço. O palhaço não age, reage às ações e às emoções do público. A inspiração, o roteiro, o texto, o momento de encerrar, tudo vem do público.
O CLOWN É...
  • Ingênuo, tolo. Porém não infantil!
  • Entusiasta. Emociona-se com qualquer coisa que lhe proponham e está sempre entusiasmado de ter um público com quem compartilhar.
  • Inocente e vulnerável. Permite-se fazer qualquer coisa porque é inocente e não espera que lhe façam algo mau. Não se defende (porém depois pode vingar-se). Mostra-nos sua vulnerabilidade e é isto que o torna mais humano ou que mais nos toca.
  • Torpe e estúpido. Sempre se equivoca ou mete os pés pelas mãos. Faz as coisas ao contrário, por exemplo, se há um piano e a cadeira está longe, não moverá a cadeira até o piano, moverá o piano até a cadeira.
  • Curioso como uma criança ante tudo o que lhe acontece ou encontra.
  • Sonhador e realista ao mesmo tempo.
  • Claro em tudo o que faz. Até a última pessoa da sala, ou a mais estúpida, há de entender sua intenção e seus atos.
  • Honesto. Crê no que faz. Está nu ante o público, mostrando-se tal como é.
  • Sê tu mesmo o mais profundamente possível e ganharás o coração do público.

O CLOWN ESTARÁ...

  • Relaxado e confortável em cena.
  • Em comunicação com o público. Ouvindo. A quarta parede está atrás do público.
  • Atento ao que ocorre ao seu redor, aproveitando qualquer coisa imprevista que aconteça para incorporá-la ao seu mundo.
  • Disponível.

O CLOWN...

  • Quer ser amado.
  • Quer ser como os demais (como um menino que quer ser adulto).
  • Entra em contato direto e imediato com o público e seu jogo é influenciado por estas reações.
  • Olha e vê o público. Compartilha com o público... tudo o que faz, tudo o que lhe acontece.
  • Escuta a risada (ou sua ausência).
  • Expressa suas emoções ao máximo (e pode passar de uma a outra em um instante).
  • Tem emoção e/ou intenção em tudo o que faz.
  • É mais visual que textual.

VIVE NO FRACASSO!
Fracasso da pretensão: o clown realiza um número lamentável que ele crê genial. Anuncia a proeza do século e é apenas uma pirueta ou um malabarismo de três bolas. O público rirá dele.— fracasso acidental: o clown não consegue fazer o que quer (um equilíbrio que não se consegue, um tombo depois de um simples salto, etc).
Reconhece seus fracassos. Quando um clown fracassa, quer dizer... faz algo e não provoca risos (quando é isto o que pretendia), em geral conseguirá uma risada se reconhecer seu fracasso. A forma de reconhecer este fracasso variará em função do clown.
Aproveita seus êxitos. Se faz algo que funciona (provoca risos), é um ás na manga que pode utilizar em outro momento em que algo não funcione para conseguir novamente uma risada. Pensa simples. Atua com o coração e não com a cabeça. Em realidade não pensa, faz! É!
Leva as coisas ao extremo. Qualquer coisa pode ser levada até extremos inverossímeis. E é nestes extremos onde quase com toda certeza conseguirá fazer rir ao público.
Tem problemas, porque é estúpido, torpe e ainda tem uma boca grande. Não busca problemas, encontra-os. Dirá que sim a qualquer coisa para permanecer em cena, ainda que provavelmente vá se meter em confusão. Por exemplo, se lhe perguntam se fala russo, dirá — “claro, fui professor de russo durante 25 anos”, e na realidade não tem nem idéia. Então lhe dão um texto para que traduza. E já se meteu em um problema.
Pode levar séculos para fazer algo (ou inclusive não chegar a fazê-lo nunca), porque se distrai com qualquer coisa, por mais insignificante que seja.
Chega ao palco com energia de ganhador, mesmo que seu personagem seja um perdedor (em tal caso, sairá com a energia do maior perdedor da história).
Em geral, tem um tempo mais lento que o de uma pessoa normal. Quer dizer... ao clown acontece algo que o coloca em evidência diante do público, como exemplo, chega com uma maleta que se abre e cai tudo que estava dentro. Uma pessoa normal reagiria imediatamente, recolhendo tudo e tratando de passar despercebido, o clown não. Ou seja, a maleta se abre e cai tudo o que há em seu interior: olha tudo no chão, (pausa 1... 2... 3... para assimilar o que aconteceu), olha o público (pausa 1... 2... 3... para mostrar sua vulnerabilidade, quer dizer... para que o público veja que se sente em evidência — “putz, caiu tudo e ainda por cima me viram”), recolhe tudo e volta a olhar para o público (pausa 1... 2... 3... como quem diz — “aqui nada aconteceu”). Essa pausa (esse tempo 1... 2... 3...) é o tempo que o clown necessita para assimilar o que lhe aconteceu e para mostrar ao público como se sente, e é também o tempo que o público necessita para “ler” o que está acontecendo ao clown.

Arrisca-se
Se algo não funciona, quer dizer, não faz o público rir, levará até o extremo o que faz ou buscará novas vias de fazer ou dizer o mesmo, ou fará algo totalmente diferente.

Resumindo...

  • Não atue, seja real. Quanto mais natural fores, quanto mais honesto, mais perto estarás de teu clown. Porém recorda... energia alta!!!
  • Olhe e veja o público, escute-o e compartilhe tudo com ele.
  • Seja ingênuo e estúpido, porém não infantil.
  • Mostra tua vulnerabilidade.
  • Tenha sempre uma emoção e/ou uma intenção. E não ilustres as emoções, expresse-as com teu olhar, com teu corpo!
  • Reconhece teus fracassos e aproveita teus êxitos.
  • Faz rir com o que és, com como fazes as coisas. É mais importante o como que o quê. Quer dizer... é mais interessante conseguir o riso com como fazes algo que com o que fazes em si mesmo (bom... também, mas o primeiro é mais importante).
  • Não busque o riso, encontre-o.

Fonte: MUNDOCLOWN (material produzido por Alex Navarro e Caroline Dream).
Ilustração e tradução (do Espanhol): Maestro Cantai.